quarta-feira, 25 de julho de 2012

Gasolina Formulada X Gasolina C. Qual comprar?

A gasolina formulada tem sido motivo de muita dor de cabeça tanto para clientes de postos de combustíveis quanto para os próprios revendedores.

Essa gasolina custa cerca de R$ 0,20 (vinte centavos) menos que o preço da gasolina comum e, apesar de estar em conformidade com as normas da ANP, ela não é a melhor opção para o condutor de veículo.

De acordo com a revista Combustíveis & Conveniência do mês de maio deste ano, a química Sonja Bárbara BArczewski, gerente-técnica do laboratório do Cefet/MG, afirmou que a gasolina formulada é produzida por “resíduos de destilação petroquímica com adição de solvente” e ainda confirmou que a qualidade desse tipo de gasolina é inferior à refinada pela Petrobrás.

Devido à forma com que o combustível é produzido – através de resíduos sólidos do petróleo –, e por ter uma massa menor que a da gasolina comum, a formulada acaba sendo mais volátil, sendo consumida mais rapidamente pelo veículo.1

Claro que abastecer o carro com gasolina formulada ou comum é uma escolha do cliente, já que, como dito anteriormente, a venda da gasolina formulada é permitida. O problema é que muitos postos agem de má fé e vendem a gasolina formulada pelo preço da gasolina comum, mas sem que os clientes saibam, fazendo com que eles paguem por um produto, mas recebam outro que rende bem menos e não custa tanto quanto o valor pago.2

Henrique, Gerente de Pista do Posto Novo Nordeste
Portanto, se você desconfiar que sua gasolina esteja acabando rápido demais, volte ao posto onde você abasteceu seu carro e peça para que o responsável faça, na sua frente, um Teste de Conformidade, para saber se a gasolina vendida no estabelecimento está conforme as exigências da ANP.

É importante saber também que quando o gerente ou dono do estabelecimento tirar do tanque do posto a gasolina a ser examinada, já é possível perceber a clara diferença entre as duas gasolinas: a formulada possui um cheiro muito mais forte e é alaranjada, enquanto a comum tem cor amarelada.

Não se deixe levar pela lábia de muitos gerentes e proprietários de postos de combustíveis. Eles tem todo o direito de vender a gasolina formulada, mas perdem-no completamente ao venderem esse tipo de gasolina como se fosse a comum.

sábado, 14 de julho de 2012

O Velho Óleo Queimado


É muito comum algumas pessoas aparecerem em nosso posto com garrafas vazias nas mãos, pedindo um pouco de óleo queimado para matar cupins, formigas ou realizar qualquer outra atividade.

Mesmo explicando que não podemos atender a esses pedidos, por questões de preocupação ambiental e de proibições legais, muitos saem praguejando e falando palavras de baixíssimo calão.

A Resolução nº 362/2005, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), determinou que o rerrefino é o único destino legal dos óleos lubrificantes usados1. Essa mesma resolução exige ainda que esse tipo de resíduo só poderá ser coletado por uma empresa legalmente autorizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que periodicamente deve ir ao local e recolher o óleo lubrificante usado.

Óleo Queimado de Carro a Céu Aberto
O motivo para essa resolução, de acordo com o CONAMA, é impedir o impacto causado no meio ambiente pelo óleo lubrificante usado, como contaminações do solo e, consequentemente, do lençol freático, além de ser perigosíssimo para a saúde humana.

Estima-se que “um litro de óleo lubrificante usado pode contaminar um milhão de litros de água. Mil litros podem destruir uma estação de tratamento de água para 50 mil habitantes. Se for queimado como combustível em padarias ou olarias, o ar ficará saturado de gases venenosos e cancerígenos. Derramado no solo, pode poluir irreversivelmente lençóis freáticos e aquíferos”.2 Daí você tira o risco que corremos ao usar esse óleo sem termos um conhecimento aprofundado sobre ele.

As empresas que não obedecerem a essas normas estarão sujeitas a multas, pena privativa de liberdade de até quatro anos e fechamento da empresa.3

Por nos preocuparmos com o meio-ambiente e termos tido, ao longo de nossa história, um cuidado especial para que nossas atividades não interferissem na natureza, certas medidas criadas pelo estado acabam nem sequer interferindo em nossas tarefas. Entretanto, acreditamos fielmente no livre-mercado e na não interferência do estado. Temos plena convicção de que o mercado, sozinho, tomaria conta de todas essas questões que o estado insiste em intervir.

Agora, quando você parar num posto de gasolina e pedir por óleo lubrificante usado, saberá o porquê de ter seu pedido negado pelo estabelecimento. Não é questão de pirraça, mas sim normas a serem cumpridas e de uma real preocupação com o lugar em que estamos inseridos.